No dia 18 de maio teve lugar a Conferência Internacional Ameaças Híbridas em Contexto de Segurança Europeia, evento promovido pelo Instituto da Defesa Nacional e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, sob a égide da Presidência Portuguesa do Conselho da UE e que contou com a participação da Secretaria Geral do MAI.
Partindo do pressuposto que o paradigma securitário convencional se encontra em mutação para um panorama híbrido, difuso, fluído, no qual as Ameaças Híbridas têm consequências ainda por aferir, esta Conferência incluiu nos seus painéis policy makers, investigadores e think tanks. Foram explorados o próprio conceito de Ameaças Híbridas, a sua multidimensionalidade, a oportunidade para cooperação e a necessidade de resiliência.
Foram abordadas as tecnologias disruptivas e o papel fundamental da educação na criação de resiliência em sentido lato, a encarar como um investimento a longo prazo. Os atores malignos beneficiam de rapidez de ação, ao passo que no seio da UE e dos Estados Membros os processos de tomada de decisão são tendencialmente lentos, sendo necessário fortalecer a capacidade analítica para antecipar e flexibilizar a intervenção. Foi focada a importância das missões da PCSD Civil enquanto oportunidade de criar resiliência no terreno, almejando-se mandatos mais flexíveis, permitindo ajustar a ação com flexibilidade no terreno, para que estas missões se tornem estrategicamente adaptativas.