As conclusões do Relatório contribuirão para o trabalho da Comissão Europeia num novo plano para a prosperidade sustentável e a competitividade da Europa. E, em particular, para o desenvolvimento do novo Acordo Industrial Limpo para indústrias competitivas e empregos de qualidade, que será apresentado nos primeiros 100 dias do novo mandato da Comissão.
Hoje, a Europa está unida na sua busca pelo crescimento económico inclusivo, centrando-se na competitividade sustentável, segurança económica, autonomia estratégica aberta e concorrência leal, pilares da prosperidade.
A visão que impulsiona a Europa é criar condições onde as empresas prosperem, o ambiente seja protegido e todos tenham iguais oportunidades de sucesso.
A competitividade sustentável deve garantir que as empresas sejam produtivas e respeitadoras do ambiente. A segurança económica garante que a nossa economia consegue enfrentar os desafios e proteger os empregos. Com autonomia estratégica aberta, a Europa não está apenas aberta aos negócios; mas está a moldar um mundo melhor e mais justo.
O forte sistema de direitos e valores da Europa oferece oportunidades iguais e é pioneiro na inclusão social. As nossas instituições, os quadros económicos e o compromisso com o Estado de Direito criam um ambiente onde as empresas e as pessoas podem prosperar. Infraestruturas de primeira qualidade e uma mão-de-obra qualificada conferem à Europa a sua vantagem competitiva.
Num mundo em mudança e com novos desafios, a União Europeia está focada em permanecer competitiva e próspera. A União pretende continuar a trabalhar arduamente para manter a liderança a nível global e para garantir o controlo sobre o seu próprio futuro.
Por conseguinte, a Europa precisa de olhar mais à frente e definir a forma de permanecer competitiva.
É por esta razão que Mario Draghi – antigo presidente do Banco Central Europeu e uma das grandes mentes económicas da Europa – foi incumbido pela Comissão Europeia de preparar um relatório da sua visão pessoal sobre o futuro da competitividade europeia.
Na conferência de imprensa de apresentação do Relatório, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen focou-se em três aspetos principais:
“Em primeiro lugar, para sermos competitivos, precisamos de dominar a transição limpa e digital. Estabelecemos as bases para esta, como sabem, a transição limpa e digital, no meu primeiro mandato. Agora é hora de ver isso acontecer. Devemos apoiar a nossa indústria na descarbonização através da inovação e transformar isso numa vantagem competitiva. É por isso que precisamos de agir com base em todas as principais alavancas que estão à nossa disposição: reduzir os preços da energia; mobilizar investimento público e privado; melhorar o ambiente empresarial e reduzir a burocracia desnecessária.
Em segundo lugar, concordamos plenamente que precisamos de mais competências porque as tecnologias são tão boas quanto as pessoas que as concebem, produzem e, claro, que as operam. Precisamos de intensificar o investimento em competências e de trazer mais pessoas para o mercado de trabalho, equipadas com as competências necessárias para a transição limpa e digital.
Por último, não esqueçamos que, para sermos competitivos, precisamos de ser resilientes. Passámos por vários choques nos últimos anos e temos trabalhado na construção de cadeias de valor industriais mais robustas, especialmente no que diz respeito à segurança do abastecimento. Os conceitos-chave aqui são o acesso a matérias-primas críticas e a componentes essenciais, energia forte e redes digitais, apenas para citar alguns”.