➕ A ➕ Acção Tarefa claramente definida e que concorre para obter um determinado resultado específico, ligado a um objectivo, pelo qual uma pessoa, ou grupo, será responsável ➕ Accountability Obrigação de demonstrar que o trabalho foi conduzido de acordo com as regras e as normas estabelecidas, ou a obrigação de demonstrar de forma clara e imparcial os resultados e o desempenho face ao estipulado e/ou aos objectivos fixados. É a obrigação de prestar contas pelas responsabilidades assumidas e de justificar a utilização e gestão dos recursos empregues. ➕ Actividade Acção programada resultante de uma determinada combinação de recursos humanos, materiais e financeiros. O Conjunto de acções que produz resultados. ➕ Actor Qualquer pessoa, grupo ou organização cujas acções influenciem, directa ou indirectamente, o projecto/iniciativa. # 1: Por vezes, também, designado por interveniente ou agente
➕ Alocação de Recursos Afectação dos meios colocados à disposição da organização a objectivos, a tarefas e a actividades, permitindo uma estimativa dos custos e o cálculo do número de unidades tempo, gastos por cada um dos elementos das equipas ➕ Ambiguidade Característica do que tem ou pode ter mais do que um sentido ou significado. # 1 Este conceito aplica-se ao planeamento quando são analisados fenómenos que não tem uma leitura clara, ou que apresentam sinais contraditórios e fluídos, suscitando, por isso, a incerteza quanto, por exemplo ao seu resultado
➕ Análise Investigação, sistemática e detalhada, de uma determinada situação ou de um determinado agente ou conjunto de agentes. # 1: Existem vários procedimentos analíticos com diferentes características e propósitos, designadamente: análise da paisagem organizacional; análise de custo benefício, análise de custo eficácia; análise de necessidades; análise do grupo-alvo; Análise de parcerias; análise de risco;
# 2: Juízo ou apreciação de factores.
➕ Análise causal O estudo das relações de causa e efeito que ligam uma intervenção publica aos seus impactos. # 1: A análise da causalidade poderá ser indutiva. Neste caso, procura investigar os mecanismos que irão provavelmente produzir impactos, bem como os factores exógenos ou concorrentes que poderão exercer algum tipo de influência.
# 2: A análise da causalidade também pode ser dedutiva (ou hipotético-dedutiva). Neste caso, irá examinar se os pressupostos formulados sobre os impactos não são refutados pelos factos;
# 3: A análise causal pode ser feita em camadas, ou seja, trata-se de método utilizado para explorar e compreender os múltiplos níveis de causalidade subjacentes a uma determinada questão, tendência ou acontecimento, permitindo analisar problemas complexos em diferentes níveis facilitando uma compreensão mais profunda dos fatores subjacentes e a reinterpretação dessas questões, tendências ou acontecimentos.
➕ Análise da Paisagem Organizacional Procedimento analítico diagnóstico aplicado sempre que se deseja conhecer o contexto organizacional de um projecto /iniciativa, ou seja, estuda o conjunto de organizações que directa ou indirectamente se relacionam com o projecto ou com a organização. # 1: A paisagem organizacional visa desmontar, dentro de um determinado contexto organizacional, quem comunica com quem, quem troca informações com quem, quem oferece/recebe recursos (financeiros, materiais) de quem e que relações de poder existem entre as diferentes organizações
➕ Análise de Custo benefício Técnica de análise de custos e procedimentos analítico em que se aprecia os custos e benefícios de um projecto/iniciativa com o intuito de determinar se os benefícios excedem ou não os custos, isto é, se os custos do projecto/iniciativa compensam os benefícios decorrentes da sua implementação. Habitualmente, os benefícios são convertidos em unidades monetárias, para que os custos sejam comparados. ➕ Análise de Custo eficácia Técnica de análise de custos e procedimentos analíticos em que procura determinar se a eficácia (resultados) de um projecto/iniciativa justifica os seus custos, expressos em custos unitários dos resultados obtidos. # 1: Procedimento analítico idêntico à análise custo benefício (ACB), enquanto este permite comparar a eficiência económica dos programas alternativos a Análise custo eficácia procura encontrar os meios mais económicos para realizar um objectivo definido ou obter a valorização máxima a partir de uma determinada despesa;
# 2: O conceito de Custo-eficácia diz respeito a `eficiência de uma organização, das suas actividades, programas ou operações na obtenção dos resultados esperados em relação aos seus custos.
➕ Análise de Necessidades Estudo sistemático de indivíduos, grupos ou organizações em que se identificam pontos fortes, pontos fracos e hiatos entre as condições existentes e as condições óptimas. ➕ Análise de Parcerias Análise que visa a elucidação das características, da estrutura de poder e dos processos de decisão dentro da organização parceira. # 1: Propõem-se aferir a compatibilidade entre as organizações que pretendem colaborar. Tradicionalmente, debruça-se sobre a cultura organizacional, os processos de decisão, as áreas de especialização e conhecimento e a relação da organização em causa com os grupos alvo e outras organizações da paisagem organizacional.
➕ Análise de Risco Análise de factores que afectam ou que possam vir a afectar a concretização dos objectivos, projecto/iniciativas de uma organização. # 1: Implica o exame pormenorizado e em regra prospectivo das consequências indesejáveis e negativas que podem ocorrer ➕ Análise do grupo-alvo Tipo de análise de diagnóstico que consiste numa apreciação da estrutura interna e do processo decisório dos beneficiários e de outras partes interessadas. # 1: Este tipo de procedimento analítico recorre a um conjunto alargado de métodos e técnicas de investigação social (questionários, entrevistas, análises de conteúdo, observação, etc)
➕ Análise de Tendências Método utilizado uma tendência que é visível ao longo do tempo e projetá-la no futuro, com base em análise qualitativa e dados históricos e estatísticos. A análise de tendências fornece uma base para construir cenários. # 1:A análise de tendências, também, pode ser realizada para avaliar o seu impacto, ou seja, é um método que permite identificar os efeitos de tendências específicas numa organização, sector ou num contexto mais amplo. Esta análise envolve a identificação de tendências significativas, tais como avanços tecnológicos, alterações climáticas e demográficas ou mudanças sociais, avaliando-se a forma como essas tendências podem influenciar cenários futuros.
➕ Avaliação Exame, aprofundado e rigoroso, de uma organização, situação, projecto ou programa e individuo com o intuito de chegar a um juízo fundamentado e racional acerca dos resultados alcançados, com base em determinados critérios/indicadores quantificáveis. ➕ Arvore Estrutura gráfica que se assemelha, visualmente, á estrutura ramificada de uma árvore. É utilizada em diferentes momentos de planeamento e avaliação. ➕ Arvore de Problemas Instrumento de visualização caracterizado por uma estrutura de árvore. Habitualmente, resulta da ordenação de uma “nuvem de problemas”de acordo com as relações de causa efeito existentes entre estes problemas. ➕ Arvore de Objectivos Ferramenta de visualização materializada por uma estrutura em forma de árvore. É utilizada para organizar, estruturar e sistematizar objectivos num conjunto articulado, em que são definidos, a hierarquia de objectivos e as relações entre os mesmos. ➕ Avaliação à medida Avaliação que é concebida e implementada de acordo com as necessidades e expectativas dos seus utilizadores. # 1: Exige que os avaliadores possuam um portefólio de métodos, técnicas e instrumentos alargado por forma a poderem dar resposta adequada às necessidades dos respectivos clientes.
➕ Avaliação de Desempenho Sistema de avaliação de resultados das pessoas, das equipas e das organizações, em função de objectivos previstos ou de critérios/indicadores pré-definidos. ➕ Avaliação de Impactes ➕ Avaliação ex-ante Efectuada antes da realização de um projecto/iniciativa, apresenta como objectivo último, a compreensão /definição dos indicadores de realização, de resultados e de impactes. # 1: Também designada por avaliação prévia e pré-avaliação;
# 2: O seu desenvolvimento fornece ‘inputs’ essenciais à elaboração de um referencial de avaliação;
# 3: Apresenta como critérios de avaliação mais utilizados: a pertinência /relevância dos objectivos pretendidos face às necessidades pré-identificadas, assim como a coerência do projecto/iniciativa quando considerada a cadeia de objectivos preconizados;
# 4: Na lógica dos 4 níveis de avaliação de D. Kirkpatrick, corresponde, como objetivo último, à definição dos critérios e indicadores de avaliação para cada um destes níveis.
➕ Avaliação ex-post Efectuada normalmente após a conclusão dos projectos/iniciativas, produz informação sobre os seus resultados e efeitos gerados pela intervenção ao nível dos seus beneficiários (directos e indirectos). # 1: também designada por avaliação de ‘Follow-up’;
# 2: avalia indicadores de impacte e de resultado.
➕ Avaliação externa Avaliação desenvolvida por um indivíduo ou organização que não participa na concepção e execução da intervenção, do projecto/iniciativa, mas que se responsabiliza pela respectiva avaliação. # 1: Numa avaliação externa, o avaliador encontra-se fora da organização que executa a formação;
# 2: É solicitada, normalmente, para obter um “olhar externo” relativamente aos resultados alcançados. ➕ Avaliação formativa Avaliação que visa melhorar o desempenho e que é habitualmente realizada durante a execução de um programa ou projecto/iniciativa. # 1: Estas avaliações podem igualmente ser conduzidas por outras razões, tais como, a verificação da conformidade e do respeito das obrigações legais, ou como parte de uma avaliação mais ampla.
➕ Avaliação de impactes Tipo específico de avaliação que se caracteriza por procurar identificar os efeitos e implicações de médio e longo prazo, intencionados ou não, directos ou indirectos, positivos ou negativos, de um determinado projecto/iniciativa, programa ou intervenção sobre o seu grupo-alvo, contexto ou meio envolvente (paisagem organizacional). # 1: As avaliações de impacte comparam os efeitos resultantes da intervenção com os resultados que teriam ocorrido caso a intervenção não tivesse sido implementada;
# 2: Os impactes não devem ser confundidos com os resultados (o que a intervenção faz) e os efeitos (o que os resultados da intervenção provocam)
➕ Avaliação participativa Método de avaliação segundo o qual os representantes da organização e dos detentores de interesse trabalham em conjunto para conceber e conduzir uma avaliação e dela retirar conclusões. ➕ Avaliação de processos Avaliação da dinâmica interna de uma organização, isto é, dos seus instrumentos e políticas de actuação, dos seus mecanismos de prestação de serviços, das suas práticas de gestão e das ligações entre estes elementos. ➕ Auditoria Actividade de controlo em matéria de qualidade, realizada de forma objectiva e independente e destinada a melhorar as operações de uma organização e a aumentar o seu valor. # 1: A auditoria ajuda uma organização a alcançar os seus objectivos graças a uma abordagem sistemática e rigorosa para apreciar e melhorar a eficácia da gestão de riscos, do controlo e dos processos de governação;
# 2: Deve distinguir-se auditoria regular de controlo que se centra sobretudo na conformidade com os procedimentos e regulamentos em vigor e a auditoria de desempenho que se interessa pela pertinência, pela economia e pela eficiência e eficácia. A auditoria interna fornece uma apreciação dos controlos internos exercidos por uma unidade prestando contas à direcção, enquanto a auditoria externa é realizada por um organismo/entidade/individuo independente.
➕ Auto-Avaliação Avaliação realizada pela mesma equipa ou indivíduo responsável pela elaboração, gestão e execução de uma intervenção. A auto-avaliação é particularmente útil para auxiliar os gestores e promotores para melhorar a performance e conduzir os programas no decurso da sua implementação. # 1: constitui, de certa forma, uma das mais importantes ambições de um processo de avaliação: instituir e desenvolver uma cultura de avaliação aceite e operacionalizada por todos, na qual os seus actores são capazes de se auto-avaliarem de uma forma construtiva e isenta, contribuindo activamente, quer para uma gestão eficaz dos respectivos processos quer para a melhoria do desenvolvimento organizacional.
➕ B ➕ Balanced Scorecard Ferramenta de gestão que visa a planificação e o acompanhamento periódico da execução da estratégia de uma organização, garantindo a coerência entre os vários níveis definidos – estratégia, objectivos operacionais e objectivos individuais e permite assim a identificação de desvios e a possibilidade de correcção dos mesmos atempadamente. ➕ Benchmark Ponto de referência ou padrão em relação ao qual o desempenho ou os resultados obtidos são apreciados. # 1: O padrão refere-se ao desempenho alcançado no passado recente por outras organizações comparáveis ou ao que se poderia pensar atingir de forma razoável num determinado contexto.
➕ Benchmarking Instrumento de melhoria ou aperfeiçoamento funcional ou estrutural de uma organização ou sistema baseado na avaliação contínua e sistemática de produtos, serviços, práticas ou métodos feita por comparação com elementos similares, considerados de excelência e tomados como padrão ou referência. # 1: Este processo, concebido e vulgarizado no contexto empresarial como uma técnica de gestão, mas que actualmente se aplica a contextos mais alargados, é habitualmente classificado em três tipos: “aferição interna”, em que os elementos de comparação se encontram no interior de uma mesma organização ou empresa; “aferição competitiva” ou “concorrencial”, em que os marcos de referência se situam no mesmo sector de actividade numa perspectiva de concorrência; “aferição funcional”, também designada “genérica” ou “universal”, em que a comparação se faz entre elementos funcionalmente equivalentes independentemente da área ou sector de actividade.
➕ Boa Governação Gestão eficiente e responsabilizada do sector público e enquadramento de política previsível e transparente necessário para a eficiência dos mercados e Governos e, portanto, para o desenvolvimento económico ➕ C ➕ Cadeia de Resultados Sequência de relações de causa efeito que leva uma intervenção, projecto/iniciativa a atingir os seus objectivos. # 1: A cadeia de resultados começa pela disponibilização dos recursos e continua pelas actividades e seus produtos;
# 2: Conduz aos efeitos e impactes e culmina numa assimilação das aprendizagens.
➕ Capacitação Processo destinado a desenvolver a (s) capacidade (s) de indivíduos, grupos ou organizações. # 1: Envolve geralmente a formação de capacidades, o incremento da capacidade técnica e a instauração de processos de aprendizagem.
➕ Capital humano Designação geral para o conhecimento prático, as competências adquiridas e as capacidades aprendidas que tornam o individuo potencialmente produtivo. ➕ Capital Social Termo genérico para falar daquilo que constitui o valor acrescentado das relações dentro de um determinado grupo de actores, e que faz com que esse grupo seja mais que a soma dos actores que a constituem. ➕ Carta da qualidade Instrumento onde é formalizado um compromisso de actuação entre uma organização pública e os seus clientes. # 1: Instrumento que inclui aspectos como a missão, a política e avaliação da qualidade, mecanismos de reclamação e de auto-regulação
➕ Cenário Descrição coerente e plausível de um futuro possível. Os cenários não são previsões, mas sim narrativas que exploram diferentes trajetórias e resultados com base em diferentes pressupostos e incertezas. que podem ser utilizadas no planeamento de longo prazo. ➕ Coerência O grau em que diferentes partes de um plano de uma intervenção, projecto/iniciativa se encontram ligadas logicamente uma (s) com a(s) outra(s) e à situação visada. ➕ Comparabilidade Qualidade de um indicador que usa a mesma unidade de medição para quantificar as necessidades, os objectivos ou os efeitos de várias intervenções diferentes. # 1: A comparabilidade é útil para estabelecer normas que permitam retirar conclusões (p. ex., o custo médio de empregos criados pela intervenção pode ser favorável comparativamente a intervenções similares).
➕ Competência Conjunto de conhecimentos, capacidades de acção e comportamentos necessários para o desempenho eficiente e eficaz, adequado ao exercício das funções de dirigente ou colaborador ➕ Critério Característica, propriedade ou consequência de uma intervenção pública na base do qual se pode formular um juízo de valor. # 1: Trata-se, no quadro da avaliação, de um padrão que define um nível aceitável de desempenho ou qualidade no respeita ao parâmetro avaliado
➕ Critérios de avaliação Conjunto de características com base no qual podem ser efectuados determinados juízos de valor. # 1: Os critérios são as características consideradas pelo avaliador como adequadas para formular juízos de valor sobre o objecto de avaliação em análise. Será a partir destes critérios que serão identificados os indicadores que possibilitarão avaliar se esses critérios foram cumpridos e em que grau.
➕ Cronograma de Gantt Tabela que contêm todas as actividades relevantes e que indica os ‘inputs’, as suas molduras temporais e responsabilidades. # 1: Apresenta-se, tradicionalmente, sob a forma de um diagrama de barras
➕ Custos de oportunidade Corresponde ao valor de tudo aquilo que temos que prescindir por força da escolha efectuada em detrimento de outras opções disponíveis. # 1: No contexto da avaliação, o custo de oportunidade é, regra geral, contabilizado no contexto de análise custo-benefício, designadamente as que são efectuadas a montante da implementação de uma intervenção, projecto/iniciativa
➕ Cisne Negro Evento além dos limites do que é normalmente considerado possível com base no conhecimento passado, na medida em que os fatores que lhe dão origem não foram previamente identificados. # 1: Conceito utilizado por Nassim Taleb na publicação The Black Swam (2007). Neste livro o autor tenta explicar com exemplos práticos, como o 11 de setembro, que é impossível tentar antecipar e prever o futuro, já que aquilo que conhecemos é muito inferior ao que não conhecemos. ➕ D ➕ Desempenho Acto de levar a cabo a execução de uma acção; Medida de realização alcançada por um indivíduo, equipa, organização ou processo relativamente aos objectivos estabelecidos. ➕ Desenho da avaliação Componente de um plano de avaliação que contempla a clarificação da relação entre as questões da avaliação, a especificação das formas de recolha e de análise de informação. ➕ Desenho de futuros Método de desenvolvimento de cenários que utiliza a ficção especulativa para criar representações de situações e artefactos futuros. Através deste método, as narrativas imaginadas são empregues para visualizar potenciais cenários e inspirar iniciativas de inovação. ➕ Desvio Diferença, positiva ou negativa, entre o planeado e o executado ➕ Detentor de interesse Qualquer organização, grupo ou individuo que têm interesse directo ou indirecto numa intervenção, projecto/iniciativa. ➕ Diagnóstico Processo de analisar uma situação, um problema, um grupo ou uma organização. # 1: Instrumento que permite caracterizar ➕ Diagrama de fluxos Diagrama que mostra como as diferentes atividades estão ligadas entre si. ➕ Disseminação de Resultados Conjunto de actividades que facilitam a apropriação dos resultados de uma avaliação pelos seus clientes. # 1: pode ser perspectivada de várias formas: Disseminação primária; secundária; horizontal; vertical
➕ E ➕ Elefante Negro Um acontecimento, evento ou risco que é altamente provável e potencialmente impactante, mas que é largamente ignorado ou subestimado. # 1: Exemplos de elefantes negros, são uma nova pandemia tipo COVID 19 e/ou os efeitos das alterações climáticas que tem sido prevista por cientistas, mas que não é tomada em consideração até acontecer ➕ Efeito Mudanças ou consequências imediatas de curto ou médio prazo produzidas através de uma intervenção, de um projecto/iniciativa ou actividade. # 1: também designado por resultado, produto e impacte.
➕ Eficiência Compara as realizações, os resultados e/ou os impactos com os recursos (em especial os financeiros) utilizados para os atingir. A análise da eficiência pressupõe geralmente um juízo de valor relativamente à razoabilidade dos custos associados a uma realização, resultado ou impacto. ➕ Eficácia Comparação entre as realizações, os resultados e/ou os impactos efectivos com os que eram esperados ou estimados. A eficácia pode ser quantificada através de indicadores de realização, de resultado ou de impacto. ➕ Evidência Informação, registo ou documentação verificável de um facto. Pode ser qualitativa ou quantitativa e são fundamentais como “prova” para a formação de conclusões e julgamentos objectivos. ➕ Empowerment Processo destinado a desenvolver a(s) capacidade(s) de indivíduos, grupos ou organizações. # 1: Envolve geralmente a formação de capacidades, o incremento da capacidade técnica e a instauração de processos de aprendizagem.
# 2: Envolve um processo destinado a mudar a natureza e por consequência, a distribuição de poder. ➕ Estratégia Plano de acção, orientação geral ou linha directriz que estabelece as prioridades para cumprir a missão de uma organização. # 1: Selecção das prioridades de acção em função da urgência das necessidades a satisfazer, da gravidade dos problemas a resolver e das possibilidades de êxito das acções potenciais. A formulação de uma estratégia implica seleccionar objectivos hierarquizados e quantificados, mas igualmente identificar as formas de os alcançar (quadro institucional e sistema de actores, recursos públicos, etc.).
➕ Estrutura organizacional Relações claramente definidas entre as diferentes componentes de uma organização, particularmente no que respeita à distribuição das responsabilidades pelas decisões. ➕ Estudo Caso Análise em profundidade de um objecto de análise, em função de objectivos previamente definidos. # 1: Particularmente útil no que respeita a análises de carácter indutivo de impactes, designadamente em intervenções inovadoras ou experimentais.
➕ Exequibilidade Critério que permite aferir em que medida o nível dos conhecimentos disponíveis e as condições técnicas e institucionais existentes tornam possível prever respostas fiáveis e credíveis às questões de avaliação. ➕ Execução Acto de realizar as actividades de uma organização, através da mobilização dos recursos humanos, materiais e financeiros previstos, de modo a atingir os resultados programados. ➕ F ➕ Factores Críticos de Sucesso Condições que tem que ser preenchidas para que os objectivos de um grupo ou organização possam ser alcançados. # 1: Resultados chave ou actividades em que um bom desempenho é essencial para o sucesso.
➕ Feedback Informação de retorno quanto aos resultados, efeitos ou impactes de intervenções, projectos/iniciativas. # 1: transmissão das constatações resultantes do processo de avaliação a todos os que podem tirar lições úteis e pertinentes com o objectivo de facilitar a aprendizagem.
➕ Fiabilidade Característica que permite verificar a coerência e consistência das informações com base nas quais se faz uma avaliação e as apreciações que dela decorrem. # 1: A fiabilidade faz referência à qualidade das técnicas, procedimentos e análises utilizadas para recolher, tratar e interpretar os dados.
# 2: A informação é fiável quando observações repetidas , utilizando os mesmos instrumentos em condições idênticas, produzem resultados semelhantes.
➕ Focus Group Técnica de inquérito baseada numa pequena discussão em grupo. # 1: Usada para permitir aos participantes formarem uma opinião sobre um assunto com o qual não estão familiarizados.
# 2: Recorre à interacção entre os participantes e à criatividade para aumentar e consolidar a informação recolhida.
# 3: Útil para analisar temas ou domínios que realcem as diferenças de opinião que devem ser reconciliadas ou que digam respeito a questões complexas que têm de ser exploradas a fundo.
➕ Fonte de verificação Sítio, local ou documento onde se encontra a informação que permite verificar ou averiguar um determinado indicador. ➕ Futuros Um futuro para o planeamento prospetivo implica identificar diferentes cenários e objetivos, considerando o contexto atual e as potenciais mudanças. O objetivo é criar um futuro desejável, e não apenas prever o futuro. # 1: os Futuros podem ser plausíveis: tendo em conta o conhecimento da realidade correspondem ao que é razoável admitir como possível de acontecer.
# 2: Futuros possíveis são aqueles que para que possam ser imaginados e que possam acontecer, dependem da construção de possíveis condições surpreendentes;
# 3: Futuros preferíveis são aqueles que são desejáveis, baseados em juízos de valor, preferências e aspirações. Para acontecerem, requerem ação dirigida aos objetivos pretendidos.
# 4: Futuros prováveis expectáveis com base na situação e nas tendências atuais. ➕ G ➕ Gestão Conjunto de actividades coordenadas que visam estruturar e organizar um conjunto de recursos humanos, materiais e financeiros de modo a atingir objectivos predeterminados ➕ Garantia da Qualidade Parte da gestão da qualidade orientada no sentido de gerar confiança quanto à satisfação dos requisitos da qualidade pré-estabelecidos. ➕ Gestão da Qualidade Conjunto de actividades associadas à função de gestão que determinam a política da qualidade, os objectivos e as responsabilidades, e os implementam por meios tais como: o planeamento da qualidade, o controle da qualidade, a garantia da qualidade e a melhoria da qualidade dentro do sistema da qualidade. ➕ Gestão orientada para os resultados Conjunto de actividades que está associada à estratégia de gestão que se centra no desempenho, na obtenção de resultados efeitos e impactos. ➕ Grupo-alvo Beneficiários e outras partes detentoras de interesse numa intervenção, projecto/intervenção. ➕ I ➕ Incerteza Fenómeno que poderá tomar rumos diversos, com resultados e impactos difíceis de antecipar, por ser ambíguo, variável e volátil e/ou por se ter falta (total ou parcial) de conhecimento sobre ele. # 1: Uma incerteza elevada indica que existe um conjunto vasto de resultados possíveis, enquanto uma incerteza baixa implica algum conhecimento da forma como o fenómeno se irá desenvolver;
# 2: Incerteza crítica é uma incerteza fundamental e significativa, com impacto potencial elevado nos resultados de processos, planos ou decisões, que pode alterar substancialmente a orientação e a eficácia de uma estratégia ou a viabilidade de alguns cenários
➕ Impactes Efeitos a longo prazo, positivos e negativos, primários e secundários, induzidos por uma intervenção, projecto/iniciativa, direta ou indiretamente, previstos ou não. # 1: Os impactes não devem ser confundidos com os resultados (o que se faz) e os efeitos (o que os resultados provocam).
➕ Implementação Execução das actividades associadas a uma intervenção, projecto/iniciativa, através da mobilização dos recursos humanos, materiais e financeiros previstos no mesmo, de modo a atingir os resultados programados ➕ Indicador Elemento observável e objectivo que fornece informação sobre aspectos específicos da realidade. Representam uma grandeza, um número, uma cifra, um cálculo (nº, % ou taxa) que permite objectivar um acontecimento ou uma situação e interpretá-los. # 1: Fator ou variável, de natureza quantitativa ou qualitativa, que constituiu um meio simples e fiável de medir e informar sobre as mudanças ligadas à intervenção, projecto/iniciativa.
# 2: Elemento observável e mensurável que sinaliza o grau de cumprimento do critério de avaliação
➕ Indicador de Desempenho Indicador mensurável e passível de verificação objectiva que permite emitir um juízo de valor acerca do sucesso ou insucesso de um determinado aspecto de uma intervenção, projecto/iniciativa. # 1: Variável, de carácter quantitativo ou qualitativo, que fornece informação necessária para determinar o grau de concretização de um dado objectivo.
➕ Indice Resulta da agregação de diversos indicadores. # 1: Indicador formado a partir da associação e da síntese de vários indicadores singulares.
➕ Input Recurso (financeiro, humano, material, temporal) que uma intervenção, projecto/iniciativa utilizam de modo a atingir os seus resultados e objectivos. ➕ Inquérito Processo ordenado de recolha de informação através de questionários estruturados concebidos de forma a permitir a validação estatística de hipóteses. ➕ Inovação Processo de transformação de uma ideia numa atividade, produto ou serviço que aborda eficazmente um problema específico. Serve como catalisador vital para o crescimento, a manutenção e a eficiência de uma organização. # 1: A inovação pode ser disruptiva quando introduz novas atividades, tecnologias ou produtos que desencadeiam uma transformação significativa, mudando por isso, as práticas tradicionais, estabelecendo novas cadeias de valor ou mercados.
➕ Instrumentos de análise Métodos /técnicas utilizadas para tratar e interpretar a informação durante uma intervenção, projecto/iniciativa. ➕ Instrumentos de recolha de dados Métodos utilizados para identificar as fontes de informação e recolher dados, no decurso de uma intervenção, projecto/iniciativa. ➕ J ➕ Juízos de valor Apreciação final que é feita após a recolha, tratamento e análise de dados acerca de determinada realidade objecto de avaliação. ➕ Jóquer (Wild Card) Evento que pode ser conjeturado ou imaginado com base no conhecimento existente, mas que tem uma probabilidade de ocorrência baixa e um impacto potencial elevado. O jóquer é utilizado para desafiar suposições e melhorar a preparação para mudanças disruptivas. Por assentar na exploração de cenários pouco prováveis e extremos que podem impactar significativamente em objetivos e estratégias, a consideração de jóqueres pode contribuir para a resiliência e a agilidade dos atores. # 1: Conceito e terminologia utilizados no âmbito da prospetiva
➕ L ➕ Lições aprendidas Generalizações baseadas na avaliação das experiências com projectos, programas ou políticas que permitem retirar ensinamentos de circunstâncias específicas para situações mais abrangentes. # 1: As lições sublinham os pontos fortes e fracos na preparação, concepção e execução de intervenções que afectam o desempenho, o resultado e o impacte.
➕ Lógica de intervenção Estrutura de intervenção que organiza uma hierarquia de metas: objectivo geral, objectivo específico, resultado e actividades. ➕ M ➕ Matriz Representação gráfica de relações entre objectos ou variáveis sob a forma de uma tabela de dupla entrada ➕ Matriz de Enquadramento Lógico Instrumento de planeamento que condensa os diferentes aspectos de um projecto numa única matriz. # 1: A matriz de enquadramento lógico é constituída por quatro linhas (objectivo «geral, objectivo «, resultado, actividades) e quatro colunas (lógica de intervenção, indicadores objectivamente verificáveis, fontes de verificação, pressupostos).
➕ Megatendência Processos de transformação de longa duração, com um âmbito alargado e um impacto profundo, observáveis no presente e que continuarão a exercer a sua influência durante décadas. Podem ser de natureza social, económica, ambiental, política, tecnológica ou combinar várias destas vertentes. São considerados fatores poderosos que moldam o futuro e podem ser usados para pensar o futuro de forma sistémica. É também utilizada a designação “tendência pesada”. ➕ Meta Condição geral, desejada, de longo prazo que um objectivo pode ajudar a obter. Uma meta envolve a conversão de objectivos em tarefas que sejam faseadas no tempo, possíveis, quantificáveis e alcançáveis. ➕ Meta-avaliação Visa avaliar o modelo avaliativo desenvolvido, por forma a garantir os níveis de qualidade nos processos e técnicas de avaliação utilizados. ➕ Metodologia Plano de trabalho completo da equipa de avaliação, construído especialmente para responder ao conjunto das questões de avaliação. Compreende um conjunto de métodos e técnicas adequados a cada aspecto dessa avaliação. # 1: Consideram-se métodos os procedimentos concebidos para responder a uma questão particular da avaliação, e técnicas os procedimentos estandardizados que permitem cumprir uma dada função (por exemplo, análise de regressão, inquérito).
➕ Método do Quadro Lógico Metodologia de planeamento e avaliação de projectos de intervenção baseado na aplicação de uma matriz de enquadramento lógico. ➕ Método operacional Tipo de métodos que formalizam, passo a passo, a sequência de procedimentos e operações que devem ser executados. ➕ Método participativo Conjunto de métodos e técnicas caracterizados pela prevalência de abordagens e procedimentos que envolvem, activamente, os actores implicados num determinado contexto, processo ou evento. ➕ Métrica de Superação Meio através do qual se classifica ou atribuem valores, normalmente numérico, através de aplicação de uma formula de cálculo. # 1: Quando aplicado a objectivos, define de que forma quantificada e precisa, se avalia se o resultado da execução de um objectivo superou o que foi planeado. ➕ Milestone Marca ou padrão em função do qual é possível medir o desempenho, os progressos e os desenvolvimentos de uma intervenção, projecto/iniciativa. # 1: Vários aspectos podem funcionar enquanto pontos de referência: as concretizações de outras organizações análogas ou comparáveis, aquilo que foi feito no passado, o que estava orçamentado; os resultados esperados. ➕ Missão Ideia, mais ou menos clara, dos objectivos, áreas de actuação, valores e crenças de uma organização. Usualmente determina quem é, para que existe, em que campos actua e o que faz uma dada organização. ➕ Modelo de Delphi Método de recolha de contributos que envolve duas ou mais rondas de consultas com um grupo de peritos. Após cada ronda, um facilitador faz circular um resumo anónimo das respostas do grupo às perguntas da ronda anterior. Os membros do grupo respondem então ao novo conjunto de informações, revendo as suas respostas anteriores, se necessário. A filosofia subjacente é que, com o tempo, o grupo convergirá para um consenso face às questões em análise. # 1: ver entrada Painel Delphi
➕ Modelo de Eisenhower Técnica de transformação dos problemas em objectivos, por meio da determinação dos problemas que devem ser combatidos prioritariamente. A hierarquização /priorização é feita de acordo com a importância e a urgência dos problemas. ➕ Monitorização Registo quotidiano do que acontece ao nível do desempenho que permite acompanhar, controlar e gerir as actividades da Organização. # 1: Possibilita a adopção de medidas de ajuste ou correcção.
# 2: A monitorização incide sobre o cumprimento das actividades planeadas em termos de:
a) da própria realização dessas actividades;
b) do calendário traçado;
c) dos recursos humanos e financeiros programados;
d) dos resultados esperados.
Os procedimentos de monitorização incidem, ainda, sobre o acompanhamento dos impactes, por meio da aplicação da medição periódica e sistemática de indicadores.
➕ N ➕ Necessidade Aquilo que um grupo-alvo necessita de acordo com as suas próprias perspectivas ou segundo uma apreciação dos seus interesses feita por terceiros. ➕ Níveis de avaliação Representam uma sequência de dimensões de avaliação. # 1: Os níveis de D. Kirkpatrick são provavelmente os mais conhecidos pela maior parte dos especialistas de avaliação. Esta taxonomia difundiu-se sobretudo, e rapidamente, no contexto dos projectos de formação intra-empresa, tendo sido entretanto desenvolvido/ajustado por forma a ser aplicado a outros contextos.
➕ Nuvem de problemas Género de análise de problemas que consiste no agrupamento de problemas de acordo com a identificação de algumas características comuns. ➕ O ➕ Objectivos Previsão dos resultados que se pretendem alcançar no tempo e que são em regra quantificáveis. ➕ Objectivos Estratégicos Propósitos globais de médio e longo prazo. Indicam a direcção pretendida para a organização e definem os resultados e efeitos finais a prosseguir. ➕ Objectivos Individuais Propósitos alinhados com os objectivos operacionais. Contributo de cada colaborador para a execução dos objectivos da UO, e que são desdobrados em actividades e acções, desenvolvidos individualmente ou em partilha com outros colaboradores. ➕ Objectivos SMART Meta caracterizada por ser específica, mensurável, precisa, realista e delimitada temporalmente. # 1: SMART é o acrónimo de specific; measurable, accurate, realistic, time-bound;
# 2: Não se limitam a indicar uma meta vaga e imprecisa, mas concretizam-na em termos de mensurabilidade e circunscrição temporal.
➕ Objectivos Operacionais São propósitos alinhados com os objectivos estratégicos e que são estabelecidos ao nível da Unidade Orgânica e que podem ser imediatamente transformados num conjunto de actividades e acções. ➕ Outcome vide efeito e impactes ➕ Output Consequências imediatas de uma intervenção, projecto/iniciativa ou actividade. ➕ P ➕ Paisagem Organizacional Conjunto constituído por todas as organizações e /ou instituições relevante para uma intervenção, projecto/iniciativa. # 1: Engloba organizações em diferentes níveis de actuação e enquadradas em diferentes sectores.
➕ Painel Delphi Procedimento para consultas iterativas e anónimas de diversos especialistas, com o fim de conduzir as suas opiniões a uma conclusão comum. # 1: A técnica de painel Delphi pode ser aplicada em avaliações ex-ante, para estimar os potenciais impactos de uma intervenção e ponderar, mais tarde, os resultados da avaliação.
➕ Parceria Acordo de colaboração entre duas ou mais organizações de modo a articular as sua intervenções , tendo em vista um objectivo comum, criando uma mais valia para todos os envolvidos . ➕ Planeamento Processo de programação de uma intervenção que articula um determinado conjunto de objectivos, resultados desejáveis e actividades tendo em vista a realização de um determinado objectivo. ➕ Planeamento estratégico Planeamento feito para uma orientação de longo prazo de um grupo, organização ou território. # 1: Implica a selecção das orientações gerais que devem definir a orientação do grupo, organização ou território.
# 2: Materializa-se no Plano estratégico
➕ Planeamento operacional Processo de planificação das actividades a serem levadas a cabo pela organização de modo a atingir as metas definidas no processo de planeamento estratégico. # 1: Materializa-se no plano operacional.
➕ Planeamento por Cenários Processo estratégico que permite explorar futuros múltiplos através da criação de cenários com base em diferentes visões e incertezas. Inclui a geração de um conjunto de histórias plausíveis sobre o futuro que podem ser utilizadas no planeamento de longo prazo. # 1: Sob diferentes pressupostos, trata-se de promover uma compreensão mais profunda das dinâmicas da mudança e a interação de vários fatores que afetam o futuro
➕ Plano de ação Documento que defini as actividades, as responsabilidades, os objectivos para a implementação do projecto e os recursos necessários. ➕ Plano de actividades Instrumento de gestão que apresenta os objectivos a atingir, os programas, projectos e actividades a desenvolver e os recursos a utilizar ao longo de cada ano. ➕ Plano de avaliação Conjunto de actividades devidamente organizadas por forma a atingir os objectivos da avaliação da de uma intevenção, projecto/iniciativa. # 1: Traduz, de uma forma operacional, a abordagem de avaliação preconizada. A fase da planificação é considerada uma fase crucial de um processo de avaliação;# 2: No âmbito do presente glossário são destacadas quatro fases normalmente associadas a um plano de avaliação, a saber: a fase da preparação do processo avaliativo (destaque para o momento do planeamento e diagnóstico dos contextos em que os modelos de avaliação vão ser aplicados); a fase da execução/desenvolvimento do processo avaliativo (destaque para a fase da obtenção dos dados considerados relevantes); a fase do tratamento e análise dos dados e apresentação de resultados (destaque para o momento da emissão de juízos de valor);a fase da disseminação dos resultados (destaque para a fase da identificação dos centros de decisão para os quais se deve remeter os resultados da avaliação).
➕ Pré – Diagnóstico Processo de análise que se caracteriza pela recolha de um conjunto de informações de base por forma a realizar uma caracterização inicial a uma determinada situação. # 1: Materializa-se na elaboração de um documento que apresenta os primeiros resultados do levantamento de informação.
➕ Pressuposto Hipótese plausível acerca do meio envolvente da intervenção, projecto/iniciativa, de factores que se encontram fora da intervenção mas que têm influência sobre ele. # 1: Uma hipótese que deve ser realizada para a intervenção, projecto/iniciativa ser total ou parcialmente bem sucedidos.
➕ Prioridade Nível de importância, e por vezes de urgência, atribuído a uma actividade, problema ou intervenção/projecto. ➕ Procedimento Descrição objectiva e detalhada de como a(s) actividade(s) deve(m) ser executada(s). ➕ Processo melhoria contínua Etapa final da implantação e síntese de todas as práticas da Qualidade Total. Tem como ponto central, a análise de processos, a solução de problemas e a padronização de rotinas, utilizando as ferramentas e métodos da Qualidade Total através do Ciclo PDCA Plan(Planear),Do(Fazer),Check(Verificar),Action(Agir para corrigir). ➕ Programa Conjunto integrado de dois ou mais projectos articulados entre si, envolvendo um conceito ou objectivo comuns. ➕ Projecto Conjunto articulado e integrado de actividades conduzidas durante um período de tempo definido( Com e fim definidos) utilizando recursos financeiros , materiais e humanos específicos e limitados, com o intuito de atingir um objectivo claramente definido. ➕ Proxy Indicador substituto ou alternativo utilizado sempre que não é possível utilizar um indicador directo de um determinado aspecto. # 1: A informação fornecida por este indicador deve permitir inferir a informação que o indicador original pretendia recolher;
# 2: Um exemplo é a utilização de sinais exteriores de riqueza para medir o nível de rendimentos de uma pessoa.
➕ Prospetiva Processo orientado para o futuro, realizado de modo sistemático, participativo, através da recolha e análise de informações e da construção de visões de médio e longo prazo, para informar o processo de tomada de decisão, nomeadamente de decisões estratégicas. No fundamental, a prospetiva visa esclarecer a ação presente em termos dos futuros possíveis e desejáveis, assentando na construção e exploração de diferentes cenários. # 1: A escola francesa, ou La Prospective, foi fundada em meados da década de 1960 por Bertrand de Jouvenel e tem Michel Godet como o seu principal continuador. Esta escola coloca ênfase na prospetiva qualitativa e normativa, usando o planeamento de cenários, a análise morfológica e a exploração do horizonte. Considera que os valores e a ação humana desempenham um papel central na definição do futuro, incentivando a reflexão sobre o modo como os seres humanos podem influenciar o futuro e não apenas prevê-lo.
# 2: O planeamento por cenários foi desenvolvido nos Estados Unidos da América, no fim da década de 1960, e tem como principais proponentes Herman Khan (Rand Corporation) e Peter Schwartz (Shell). Utiliza os cenários como ferramenta para explorar o modo como determinados fatores podem ter impacto nos desenvolvimentos futuros. Incentiva a reflexão em termos de incerteza e de volatilidade, centrando-se na gestão da incerteza e na melhoria da resiliência estratégica, em vez de procurar prever resultados específicos.
# 3: A prospetiva participativa centra-se no envolvimento de diversas partes interessadas, para garantir um pensamento sobre o futuro que seja inclusivo e representativo. Nesta corrente, são usadas técnicas sobretudo participativas, com o propósito de alargar e democratizar a reflexão sobre o futuro, integrando perspetivas de diferentes grupos sociais. Promove a ideia de que a prospetiva não deve ser uma atividade de elite e que a pluralidade de vozes é crucial para a cocriação de futuros mais inclusivos e justos.
➕ Q ➕ Qualidade Conjunto de atributos e características e uma entidade ou produto que determinam a sua aptidão para satisfazer as necessidades e expectativas da sociedade/clientes ➕ QUAR Instrumento de gestão utilizado para a avaliação dos serviços (SIADAP 1), que está associado ao ciclo de gestão da organização, bem como, às cartas de missão dos dirigentes máximos. # 1: Evidência a missão do serviço; os objectivos estratégicos plurianuais e anuais; os objectivos operacionais fixados anualmente; os indicadores de desempenho e respectivas fontes de verificação; os meios disponíveis para a execução dos objectivos; o grau de realização de resultados; a identificação de desvios e, finalmente, a avaliação final do desempenho do serviço;
# 2: É construído de acordo com as orientações do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GEPARI), no caso do MAI a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI), e submetido à aprovação da tutela política da organização. ➕ Questão aberta Questão que não tem uma resposta predefinida ➕ Questão da avaliação Efectuadas a montante, ao longo e a jusante da implementação de um processo de avaliação da formação, visam aferir as matérias relevantes a investigar/considerar no âmbito do mesmo. # 1: Devem ser realistas e susceptíveis de serem respondidas (implica a identificação de critérios e indicadores de avaliação precisos, assim como identificação dos respectivos referentes).
# 2: A sua utilidade reside no facto de contribuírem para a delimitação do objecto alvo de estudo, identificação dos stakeholders a implicar no processo de avaliação, bem como respectivas necessidades e expectativas.
# 3: Podem ser efectuadas pelo responsável pela definição da metodologia avaliativa, pelos avaliados, bem como pelo conjunto de outros indivíduos (stakeholders) que demonstrem claro interesse relativamente aos resultados de determinada intervenção.
➕ Questão fechada Questão para a qual há um número predefinido e limitado de respostas ➕ Questionário Instrumento de recolha de informação. # 1: Tipo de inquérito caracterizado por um conjunto de questões estruturadas por escrito;
# 2: É desenhado para que as respostas escritas permitam testar uma ou mais hipóteses.
➕ R ➕ Recomendação Conjunto de sugestões de melhoria e/ou propostas de medidas de acção que decorrem da análise dos dados recolhidos durante o processo avaliativo e que visam contribuir para a melhoria de determinados processos. # 1: De acordo com a Lei 66-B/2007, são medidas e propostas de melhoria ou de alteração dos processos, das actividades e dos resultados da organização sugeridas pelos avaliadores, tendo como objectivo melhorar/corrigir/alterar situações criticas detectadas no decurso do processo de avaliação;
# 2: Podem ser efectuadas antes, durante e/ou após a realização de um processo de avaliação (vide avaliação ex-ante, on-going e ex-post);# 3: Constituem a parte de um relatório de avaliação à qual é dada normalmente maior atenção, pelo que surgem, regra geral, destacadas do conjunto das informações disponibilizadas;# 4: Sobre esta matéria destacam-se as posições de dois autores: Michael Scriven e Michael Patton. Acerca da elaboração de recomendações Scriven (1991) destaca a dificuldade de um avaliador efectuar recomendações na matéria em estudo, pelo que sustenta que o papel de um avaliador termina com a elaboração de juízos de valor acerca das matérias em análise. Com uma opinião contrária, Patton (1997) entende que um processo de avaliação deve considerar a fase da elaboração de recomendações. Acrescenta que a situação apresentada por Scriven pode ser ultrapassada com o envolvimento dos actores (principais centros de decisão), na fase de elaboração dessas recomendações.
➕ Recursos Todos os meios colocados à disposição da organização e necessários à realização das suas actividades. Nestes recursos incluem-se os recursos humanos, os recursos materiais e tecnológicos, os recursos financeiros e os recursos materiais. ➕ Reengenharia de processos Conjunto de actividades desenvolvidas com o objectivo de tornar uma organização mais competitiva, utilizando os seus métodos de execução de tarefas, criando novos meios de trabalho para que assim exista uma maior eficiência organizacional e satisfação dos clientes. ➕ Referencial de avaliação É um esquema construído com base numa combinação de referentes, com vista a ser utilizado como quadro de referência aquando da avaliação de determinada realidade. # 1: A sua elaboração implica a identificação do conjunto de referentes, com base no qual podem ser efectuados juízos de valor acerca de determinada situação em análise.
➕ Relação de causalidade Associação entre duas variáveis na qual a mudança numa variável produz uma mudança na outra variável, o efeito. # 1:Três critérios devem ser satisfeitos para estabelecer uma relação de causa e efeito entre duas variáveis: a causa presumida deve proceder o efeito (no tempo); a mudança na acusa presumida deve estar associada a uma mudança proporcional no efeito; outras causas possíveis do efeito devem ser postas de lado.
➕ Relatório de avaliação Ferramenta principal de apresentação, aos diferentes beneficiários, dos resultados finais do trabalho de avaliação de uma situação. # 1:Um dos produtos possíveis de uma avaliação , que consiste num documento escrito que sintetiza a informação recolhida no processo de avaliação e onde é explanado um juízo de valor acerca do sucesso/resultados de uma intervenção/projecto, onde são apresentadas as principais conclusões da avaliação e sugeridas recomendações. ➕ Relatório de auto-avaliação Lei ➕ Relatório de progresso Documento escrito onde é sintetizada a informação que permite elucidar sobre o estado actual da intervenção, projecto/iniciativa. ➕ Replaneamento Processo de reformulação de uma planificação previamente existente. # 1: Usualmente, constitui o resultado de uma avaliação;
# 2: Sempre que uma avaliação tem por objectivo proceder a uma reelaboração da intervenção, projecto/iniciativa, designa-se por avaliação com replaneamento.
➕ Resultados Aquilo que a actividade desenvolvida por uma organização produz de modo a atingir os objectivos estratégicos. ➕ Retroprojeção Método prospetivo e de planeamento que começa com a definição de um futuro desejável e em que, depois, se anda para trás, para identificar os passos necessários para alcançar esse futuro a partir do presente. Nos estudos do futuro e na prospetiva, a retroprojeção é usada para desenvolver caminhos estratégicos, focando em como atingir objetivos de longo prazo específicos em vez de prever o que é provável que aconteça. ➕ S ➕ Sinal Fraco Indício subtil e precoce de algo que poderá acontecer. Identificar e monitorizar este tipo de sinal ajuda a detetar tendências emergentes e riscos e oportunidades eventuais. # 1: Weak Signal é um conceito utilizado na prospetiva e está associado às forças de mudança
➕ Sistema de comunicação Sempre que uma intervenção, projecto/iniciativa de desenvolva num contexto multiorganizacional, em presença de várias organizações, é necessário implementar uma estrutura que permita a circulação de fluxos de informação entre os diversos actores. ➕ Sistema de controlo interno É o sistema completo de controlos de gestão: financeiro e administrativo. Incluindo. A estrutura organizacional e todos os métodos e procedimentos coordenados, estabelecidos por lei e pela direcção de uma organização, de acordo com as metas institucionais. ➕ Sistema de gestão da informação Permite a disponibilização e a gestão de informações utilizadas aquando da tomada de determinadas decisões. # 1: A sua implementação numa dada organização permite, com maior rigor, pilotar/monitorar a mobilização de recursos (humanos, materiais, financeiros...) para a concretização de determinados objectivos, assim como devolver, em tempo oportuno, aos respectivos centros de decisão, os resultados entretanto obtidos.# 2: A sua utilidade é susceptível de ser demonstrada sempre que o mesmo fornece às pessoas certas, a informação certa, num tempo oportuno e da forma mais adequada, por forma a produzir os objectivos desejados.
➕ Sustentabilidade Continuação dos benefícios resultantes de uma intervenção, projecto/iniciativa, após a sua conclusão. # 1: Probabilidade de os benefícios perdurarem a longo prazo.
# 2: Situação em que as vantagens líquidas são susceptíveis de resistir aos riscos ao longo do tempo.
➕ SWOT Procedimento analítico que pretende auxiliar no diagnóstico de um dado grupo, organização, situação ou território, por meio da explicitação dos seus pontos fortes, pontos fracos e ameaças. # 1: A sigla SWOT significa: strengths,weaknesses, opportunities, threats.
# 2: Tradicionalmente, a SWOT apresenta-se sob a forma de uma matriz com as quatro componentes.
# 3: A SWOT pode também ser designada por matriz FOFA ( força, oportunidades, fraquezas, ameaças)
➕ T ➕ Tendência Padrão de mudança estrutural que tem uma direção de evolução relativamente clara. É normalmente uma mudança gradual e de longo prazo nas forças que moldam o futuro de uma organização, e seu ambiente, sociedade, nação, região ou sector. # 1: Embora a diferença entre tendências e megatendências nem sempre seja clara, as tendências distinguem-se por uma escala menos abrangente, uma duração mais curta e um impacto menor.
➕ Termos de referência Especificações de acordo com os quais se espera que os peritos externos colaborem com a intervenção, projecto/iniciativa. # 1: Quando falamos de avaliação, os termos de referência integram a determinação do trabalho a ser conduzido pelo avaliador.
➕ TQM (Gestão da Qualidade Total) Consiste numa estratégia de administração orientada para criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. É referida como "total", uma vez que o seu objectivo é a implicação não apenas de todos os níveis de uma organização, mas também dos seus fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócio. ➕ Triangulação Consiste na utilização de mais do que uma fonte, método e/ou técnica aquando da realização de uma avaliação de determinada intervenção. # 1: Traduz-se na prática, no recurso a várias teorias, fontes ou tipos de informação, tipos de técnicas, num contexto em que se pretende estudar/analisar um fenómeno (ver definição de métodos qualitativos e métodos quantitativos).# 2: Resulta numa maior credibilidade dos resultados de um determinado estudo, permitindo uma maior sustentação das decisões que venham a ser efectuadas sobre o mesmo.# 3: Permite complementar as abordagens de natureza quantitativa, sempre que, por exemplo, após a recolha, análise e tratamento de dados não é possível regressar ao “terreno” para verificar ou clarificar alguma resposta resultante da aplicação de determinado inquérito por questionário.
➕ V ➕ Visão Revela a intenção de uma organização, formulada em termos de previsão ou antecipação da evolução da envolvente externa e da forma como a organização pretende colocar-se face a esta. # 1: Nos estudos do futuro e na prospetiva, uma visão estratégica ajuda as entidades ou organizações a navegar pela incerteza ao fornecer uma direção consistente rumo a resultados futuros desejados.
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